Casa de Lafões – Almoço Solidário

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A Casa de Lafões, em Lisboa, nasceu e tem dado frutos saborosos, “com a ajuda de todos” que sentem que este projecto lhes diz algo que venha corresponder ao seu acentuado senso de equidade, neste País feito de grandes assimetrias entre litoral e interior e com o desejo de ver a justiça em acção.

 Para quem conhece os Estatutos da nossa Casa, verifica que está lá o “propósito” de desenvolver o senso de unicidade de todos os nossos concidadãos, com a promessa de fraternidade, consolidada pela união e respeito mútuos. Somos um produto da história, um povo forjado num tempo longo. Temos um modo de ser único, porque único foi o nosso percurso regional. Comungámos de tradições e valores que nos identificam e nos distinguem de outras regiões do país.

 Nós, cidadãos de Lafões, somos em primeiro lugar, cidadãos da nossa terra. Muitos empreendemos a viagem para terras alheias, deixámos nos nossos o sabor amargo da saudade, “mas não quebrámos os afectos”, antes pelo contrário, por força dos relacionamentos que empreendemos, ganhámos o “cadinho do processo de transformação”.

  A Casa de Lafões, em Lisboa, é uma Instituição credível que tem resistido à prova do tempo, com muita labuta e esforço, diga-se. E vejamos, os exemplos que têm sido dados, e, mais uma vez, no almoço de Natal solidário do passado Domingo, dia 11 de Dezembro, que permitiu a recolha de alimentos para as pessoas com carências alimentares comprovadas, residentes na área da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, que, previamente as seleciona e supervisiona, para depois proceder à sua distribuição.

Foi este um pretexto acessível para o chamamento dos Lafonenses, visto que estes almoços-convívio já se vêm praticando regularmente. Houve um verdadeiro espírito de participação. Foi uma iniciativa que excedeu as espectativas, num momento tão importante para todos, em que a solidariedade se mostrou maior que a crise.

Música, sol, animação, comes e bebes tradicionais, (vitela de Lafões) foram os ingredientes essenciais para mais um dia de festa, estreitando assim os laços de fraternidade e partilha.

Como tinha sido programado, para terminar em grande, pelas 15H30, seguiu-se uma sessão de fados, pelos fadistas Gustavo, Jeninha Tiago e João Tiago, acompanhados à guitarra e saxofone por Kajo Gomes e à viola por Gustavo.

A encerrar esteve o nosso sócio e declamador Fernando Afonso.

Fazemos votos que a vida da Casa de Lafões não se esgote nos Homens que a fundaram ou que posteriormente a lideraram, mas tão-somente, num somatório de vidas que cada um na sua altura empreste o que tem de melhor para fazer viver esta Instituição

Assim decorreu mais um dia de verdadeiro convívio, em que todos os presentes desfrutaram de um óptimo almoço, num local, muito querido para nós, a Casa de Lafões.

Bem hajam!…

Texto de : Eduardo Cortinhal Sanches

 

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