Respondendo ao convite que amavelmente me foi feito, por um grupo de jovens sampedrenses, para estar presente na reunião anual da “CASA DE LAFÕES DE LISBOA “ e, como sempre interessado por tudo o que respeita à nossa terra, parti para a rua da Madalena na baixa de lisboa, cheio de curiosidade e entusiasmo.
Embora no calendário o Outono já estivesse entradote, o que é certo é que, estava um dia am4eno, com o sol inundando todo o ambiente, e a temperatura fazendo jus mais a uma Primavera do que a um ameaçador Inverno.
Como estava com tempo, que é coisa que agora me não falta, utilizei os transportes públicos e calmamente desfrutei do prazer de fazer parte do percurso a pé. Atravessei os Restauradores e o Rossio, ainda não submetidos ao camartelo da nova política de construções que inundam a Capital do Império.
Os portugueses com quem me cruzei não andavam corriam, eternamente atrasados, para qualquer possível afazer há muito marcado! A “ Baixa” estava inundada de estrangeiros ainda em traje de Verão…de máquina fotográfica em punho, nada lhes escapava desde as “Fontes” que embelezam o Rossio, à fachada do Teatro Nacional !
Abordei a Praça da Figueira (que em tempos de Dom Manuel l foi o local de implantação do Hospital de Todos os Santos), pela rua de Betesga, vi os jovens de “skate” brincando aos pés da estátua D. João ll, e parei estasiado, em frente da “Pastelaria Nacional”. Os “bolos-Rei ”que os seus proprietários há muitos anos, introduziram nos hábitos natalícios dos portugueses, já lá estavam, embora ainda aguardando a invasão de todas as montras, como vai ser pelo Natal.
As casas comerciais, com arranjos arquitectónicos recentes, conduziram-me até a Rua da Madalena, vetusta, íngreme, com beleza consolidada através dos anos, ao encontro da “CASA DE LAFÕES”, 100 metros a cima.
Subi ao primeiro andar e foi um manjar de encontros com os velhos amigos. Lá estavam, entre outros, o Dr. Carlos Matias, o Capitão Heitor Vasconcelos, o Engª. Vítor Barros, e naturalmente, o Presidente da Casa de Lafões Sr. Alberto Figueiredo.
Tive a honra de conhecer, e rever, o Dr. Carlos Alberto Fernandes, de Oliveira de Frades, Presidente da Assembleia Geral, o Eng. Carlos Dias, de Pinheiro de Lafões, Vice-Presidente da
Assembleia Geral, o Sr. Adélio da Fonseca, Tesoureiro, o Sr. Eduardo Cortinhal, Presidente do Conselho Fiscal, os Srs. Manuel Cardoso, Antero Faria e Manuel Pinto Poças, membros do Conselho Fiscal, o Dr. Victor Silva, Presidente do Conselho Regional, o Sr. Jorge Ferreira, 1º Secretário da Direcção, O Sr. Sérgio Figueiredo, de S. Pedro do Sul, o Sr. Custódio Portinha, de de São Vicente de Lafões, do Conselho Regional, o Sr. Augusto Almeida Matos de Vouzela, os Srs. José Luís Pereira, António Brito, Mike Sami, etc. Por motivos de ordem pessoal não pode estar presente o nosso amigo Dr. João Vale de Andrade.
Passei os meus olhos curiosos pelas instalações, e constatei que em todos os locais estavam penduradas recordações do passado, que por em alguns casos estar já bem distante, ficaram cobertos pelo pó das saudades, e, conclui: É urgente renovar as instalações!
A SESSÃO que se seguiu, indirectamente mostrou à evidência, todos os sacrifícios e todo o amor que os membros da Direcção põem na manutenção da Casa de Lafões! São problemas de toda a ordem que diariamente se lhes põem, e que com todo o cuidado, e muito trabalho, têm vindo a resolver.
Tudo isto só pode ser explicado pelo amor que dedicam abnegadamente à sua terra natal! Variados louvores à Direcção, e principalmente ao seu Presidente, emanaram da assistência. Todos concordaram em que esta casa só existe, pela Direcção que possui! Todos se quedaram espantados, com o aparente divórcio que se está a estabelecer com a” Região de Lafões”.
LAFÕES NECESSITA DESTA CASA !!! que é sua, mas da qual, de facto, muitos se esqueceram!
Não se entende a FALTA DE APOIO DAS CÂMARAS MUNICIPAIS, que exceptuando a de São Pedro do Sul, parecem desconhecer quão importante é a presença, no centro da Capital, de um local dedicado a LAFÔES! Uma presença de Lafões comandada por Lafonenses, aberta para todas as iniciativas de apoio à nossa Região!
REFIRO-ME A APOIO REAL, ECONÓMICO E FINANCEIRO, pois é dele que a casa mais necessita!
Parecem desconhecer o muito que esta casa tem feito em prol da REGIÃO DE LAFÕES, e o muito que pode continuar a fazer.
Os apoios das Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Comércio e Indústria locais são indispensáveis, para permitir manter acesa a chama de Lafões na Capital.
Para tal foi indicado um núcleo central, aberto a novas ideias, que podem ser explanadas num blogue a executar pela Paula Cardoso e Dr.ª Carla Marina Moreira.
Deste núcleo de LAFÕES podem partir muitos apoios a todo o tipo de iniciativas para a REGIÃO.
Por favor leiam este BLOGUE e enviam ideias, planos, concepções, para Ele. Disponibilizem parte do vosso tempo a esta causa. Ficamos aguardando.
Texto escrito por: Dr. Manuel da Rocha Guimarães